O diagnóstico precoce da doença aumenta a chance de cura
No ano de 2023 foram registradas cerca de 651 amputações de pênis no Brasil de acordo com dados da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) e do Ministério da Saúde. O número é alto e tem relação direta com o câncer no órgão.
O urologista do Hospital Evangélico de Vila Velha (HEVV), Dr. Gustavo Ruschi, explica que a doença pode ser evitada se os homens adotarem algumas medidas como o bom hábito da higiene do órgão. “A má higienização do órgão é uma das principais causas do câncer de pênis. Por isso, é primordial que os homens lavem o pênis com sabão, diariamente, inclusive depois das relações sexuais, e caso percebam alguma mancha ou ferida devem procurar o médico”, fala o especialista.
O tabagismo e a infecção pelo HPV (Papilomavírus Humano) também podem ser responsáveis pelo surgimento da doença. Dr. Gustavo Ruschi alerta que sintomas como manchas, feridas, úlceras ou secreções devem ser avaliadas imediatamente por um médico.
“O câncer de pênis tem 90% de chance de cura se for diagnosticado no estágio inicial. Muitos homens não procuram o urologista porque têm vergonha e isso é um grande problema. Se a doença estiver avançada a taxa de cura cai para 30% e acaba elevando o número de amputações do órgão”, explica Ruschi.
Dr. Gustavo Ruschi, que é presidente da Sociedade Brasileira de Urologia – seccional Espírito Santo, reforça a importância de usar o preservativo para evitar a doença. “Principalmente no carnaval, fica o alerta para o uso de preservativos durante a relação sexual para evitar a infeção pelo HPV. Já a população de 9 a 14 anos deve ser vacinada contra o vírus. A imunização está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) e deve ser aplicada antes do início da vida sexual do indivíduo”, disse o médico.
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