Manoel Alves
Estamos a menos de mês das eleições municipais, quando iremos escolher prefeito, vice-prefeito e vereadores para conduzirem nosso município pelos próximos quatro anos. Antes de tudo, já quero adiantar que esta missão nunca esteve tão difícil, diante da ausência dos nomes que Guarapari merece.
No próximo mês de dezembro, nosso portal (jornal Primeira Página) Imprensa Capixaba, estará completando 29 anos de trabalho ininterrupto. E tenho muito orgulho em dizer que temos clientes que estão conosco desde o nosso primeiro ano de trabalho. E como manter clientes fiéis a um veículo de comunicação por tanto tempo? Trabalho sério, credibilidade, respeito e independência editorial. Tenho que agradar ao meu cliente, agradar ao meu parceiro, não agradar ao político A, ou ao político B.
Prezando sempre pela minha linha de independência editorial, nos últimos meses evitei escrever sobre política, principalmente através dos editoriais, onde emitimos nossas opiniões, tanto do veículo, quanto do editor.Com esse pensamento, quero deixar bem claro para meus clientes (aos quais devo sim, satisfação), e para vocês leitores, de que não estou envolvido no processo eleitoral. Quero deixar claro que, nem o portal Imprensa Capixaba, e nem eu cidadão Manoel Alves, estamos participando da campanha política, seja ajudando candidato a prefeito ou a vereador.
Também deixo claro, e já é do conhecimento de muitos, que adoro política. Já trabalhei na Assessoria de Comunicação dos ex-prefeitos, Morena Espíndula e do saudoso Gilberto Corradi.Também tive a felicidade de trabalhar na Assessoria de Imprensa da Câmara Municipal, quando do primeiro mandato de Marquinho Borges, como Presidente da Casa de Leis, e esse último foi minha escola na política. Não conheço muito de política, mas da nossa política eu conheço um pouco.
Há anos venho escrevendo sobre a escassez de lideranças políticas em nosso município e da omissão dos grandes empresários que sempre optaram por não se envolverem publicamente na política, quando na verdade deveriam ser eles,os maiores interessados, já que aqui estão seus patrimônios, seus imóveis e suas famílias. Logo deveriam se preocuparem com o futuro do município, se preocuparem com quem irá conduzir o município, porque uma má administração pública não é maligna apenas para os serviços públicos, é má para a cidade como um todo. Essa escassez de lideranças políticas e a falta de interesse da classe empresarial, nos levou a essa “sinuca de bico” em que estamos atualmente com a difícil missão de escolher um candidato a prefeito.
É público e notório que Guarapari não é mais uma cidadezinha qualquer. Já é um município com quase 150 mil habitantes fixos e com a responsabilidade de carregar o título de principal cidade turística do estado. Diante disso, logo se observa que não é qualquer pessoa que pode administrar, cuidar e zelar desta cidade como ela merece. Vou exercer meu papel de eleitor e votar, mas os nomes aí expostos, passam longe do que Guarapari merece, no meu humilde ponto de vista.
Assistindo o debate, podemos observar que mesmo querendo ocupar o cargo de prefeito, não se ouviu falar em projetos concretos, em planejamento. Pelas falas de alguns, se observa uma falta total de conhecimento de como funciona a máquina pública. Projeto administrativo e planejamento pode não existir, mas ganância de poder tem com força. Mas, além da escassez de lideranças, temos um grande culpado por estarmos nessa chamada “sinuca de bico”, o senhor prefeito Edson Magalhães. É público e notório que o atual prefeito de Guarapari foi o prefeito que mais fez pelo município, que revolucionou a cidade com suas obras pelos quatro cantos. Mas, também é público e notório, sua falta de habilidade política, sua falta de capacidade de dialogar com alguém ou algum político que não faça parte de seu grupo, aliás, o grupo dele é formado por ele e ele. Se o atual prefeito tivesse pensado mais na cidade e menos em si, teria construído uma aliança política com algumas lideranças em prol de um bom nome de consenso para ganhar as eleições e administrar bem Guarapari.
